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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Roberto Cavalcante Fala Vai ter copa!

Finalmente, o dia chegou. E este 12 de junho de 2014 anuncia que, sessenta e quatro anos depois, vai ter copa (de novo) no país do futebol.


Brasil pode até perder. E os brasileiros podem voltar às ruas em protestos ruidosos. Mas o País vai ter, sim, a sua Copa do Mundo de Futebol.

Às arquibancadas do contra, ressalvo que não estou descendo ao mérito da viabilidade da nação brasileira realizar um campeonato mundial de futebol.

Deveríamos mesmo ter pleiteado? Era o momento certo?

Deixo a dúvida sub judice.

A ela, anexo uma maior: por que, ao longo de todo o tempo de preparação, desde a decisão da Fifa, tantos grupos (a maioria deles bem esclarecidos) lutaram para que esta copa não ocorresse?

Eu mesmo testemunhei, dentro e fora do País, movimentações atentatórias para que este evento não fosse levado a termo.

Vi gestos raivosos; assisti atitudes de profundo desamor à nação - muitos deles sedimentados no terreno fértil da mentira e das meias-verdades.

Digo, sem medo de errar, que algumas das ações contra a copa resvalaram no mais puro terrorismo. E não podemos explodir nossas revoltas internas nos pés dos nossos visitantes. Como anfitriões, temos o dever de receber bem. Eles não são culpados por nossas desavenças e falhas.

O Brasil precisa ser competitivo em campo. E elegante fora dele. Pois vitórias e derrotas são inerentes ao esporte. Quem é esportista sabe que sempre se entra em campo para ganhar, mas os resultados negativos fazem parte dos enredos das disputas. E aceitá-los com tolerância é, talvez, uma das lições mais importantes que o mundo esportivo ensina.

O único jogo que não podemos perder é o que coloca em xeque a credibilidade do País.

Perguntei o porquê desse fenômeno anti-copa, mas todos conhecem a resposta. Não é preciso ser um observador privilegiado para entender a motivação por traz desses eventos que ventilaram, aos quatro cantos, que não iria haver copa.

E ela passa longe dos gramados.

Mas se o objetivo era abalar a credibilidade da turma que comanda hoje o Palácio do Planalto, este não deveria ter sido o caminho.

Penso que o caminho da urna, em seu momento de voto, seria o correto.

Pois o confronto político ultrapassou as fronteiras e certamente irá gerar dano à imagem do País no futuro.

Um futuro, aliás, que chegará em poucos meses.

E encontrará os novos eleitos – presidente e parlamento – com a missão de lidar com este Brasil danificado internacionalmente por nós mesmos.

Não estamos falando de pouca coisa.

Há alguns anos, o mundo estendeu o tapete vermelho para o Brasil. Nós tínhamos nos transformado na sexta ou sétima economia do mundo – e isso despertou todas as atenções.

Olhares que, agora, nos enxergam enviesados, desconfiados de que o berço em que repousa o gigantismo nacional não é lá tão esplêndido.

Já que vai ter copa, vamos jogar a nosso favor.

E evitar que (ganhando ou perdendo nos gramados), o Brasil saia dessa copa derrotado.

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