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Depois de ter tido sua morte constatada em Belém do Pará, neste sábado (7), após dias desaparecido, o corpo poeta e cordelista Manoel Monteiro deverá ser velado no Teatro Severino Cabral, em Campina Grande, conforme afirmou o filho do artista, Robson Monteiro.
Segundo ele, a irmã Kátia Monteiro foi ao Pará para tratar das questões legais para a liberação do corpo, que se encontra no Instituto Médico Legal do Estado, no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.“Ainda não podemos dizer com certeza quando e como será o translado. Minha irmã ficou responsável por resolver essa situação. Quanto ao local de sepultamento, ainda estamos decidindo onde será. Tudo ainda está dependendo da liberação e vinda do corpo”, disse Robson, consternado.
A morte do cordelista repercutiu nas redes sociais, onde foi feita uma campanha para a localização do mesmo. Internautas deixaram publicações na página oficial do artista no facebook, lamentando o ocorrido e prestando solidariedade à família. Em postagem, o usuário da rede Anderson Souza exprimiu sua tristeza lançando a hashtag #LutoCampina.
A Universidade Estadual da Paraíba, entidade que mantém em seu acervo várias publicações do poeta, recebidas por doações do próprio, emitiu uma nota oficial lamentando o acontecimento. De acordo com as palavras da instituição, Manoel Monteiro contribuiu significativamente para a valorização da cultura do Nordeste, chegando a ser considerado o mais importante cordelista brasileiro, com uma produção densa e diversificada, envolvendo praticamente todas as áreas da atividade humana.
Manoel Monteiro da Silva era diabético e havia tido, meses atrás, um infarto. Era natural de Bezerros, a 102 km de Recife (PE), mas desde 1955 morava em Campina, onde foi radicado.
Ele era membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel e tinha mais de 150 folhetos publicados.
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